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19/Fev/2021

Carnes: produção nos EUA deve crescer em 2021

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os setores de pecuária e avicultura norte-americanos devem ter custos mais altos de produção em 2021. Em relatório publicado nesta quinta-feira (18/02), o USDA previu produção total de carne do país cerca de 1% maior ante 2020. Para a carne bovina, a previsão é de que a produção cresça mais de 1% na comparação com o ano passado. Está sendo considerado aumento no volume de abate de bovinos neste ano, dada a disponibilidade de bovinos com carcaças mais pesadas. No ano passado, a pandemia do coronavírus levou a uma série de paralisações nas atividades de frigoríficos, permitindo que os bois já prontos para o abate continuassem na engorda. Entretanto, há uma expectativa de que os preços mais altos de ração animal levem os produtores a venderem o gado o mais rápido possível.

O mesmo crescimento é previsto para a produção de carne suína, em função da maior disponibilidade de suínos para abate e retorno das operações após as paralisações do ano passado. Em relação à carne de aves, a produção deve aumentar levemente, limitada pelos custos mais altos com ração, especialmente no segundo semestre do ano. Dessa forma, o setor de frangos de corte deve desacelerar a expansão neste ano para menos de 1%. Embora a produção deva aumentar no primeiro semestre, com percentuais mais altos de abate e maiores pesos médios das aves, a combinação de ração valorizada e margens mais apertadas deve frear esse crescimento. Quanto aos preços de gado e de aves em 2021, a perspectiva é de elevação, com base na retomada econômica e nas exportações cada vez mais aquecidas. Nesse sentido, a previsão é de que a receita com os embarques de gado, laticínios e aves em 2021 chegue a US$ 32,6 bilhões, US$ 300 milhões a mais do que o previsto em novembro do ano passado.

A estimativa reflete o aumento nas exportações de carne bovina e produtos avícolas, que compensam a retração dos produtos lácteos. Para a carne bovina, a projeção foi elevada em US$ 300 milhões, para US$ 7,4 bilhões, enquanto para a carne de aves houve alta de US$ 100 milhões na previsão, para US$ 5,3 bilhões. A estimativa para a receita com os embarques de carne suína não foi alterada: US$ 6,8 bilhões. O USDA mencionou os desafios impostos pela pandemia do coronavírus ao segmento de proteína animal, como a interrupção do processamento, redução da capacidade de abate e mudanças nos hábitos de consumo. Felizmente, os setores de abate de aves e de gado se recuperaram mais rápido do que o esperado no segundo semestre do ano, aproximando-se dos níveis de abate pré-Covid. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.