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11/Fev/2021

Boi gordo negociado a valor acima da carne bovina

Entre meados de 2018 e agosto de 2020, o boi gordo foi negociado em São Paulo a valores abaixo dos verificados para a carne bovina (carcaça casada bovina, no atacado de São Paulo). A partir de setembro de 2020, os preços do boi gordo passaram a operar acima dos preços da carne e, neste mês de fevereiro, a cotação média da arroba bovina já apresenta a maior diferença frente à carcaça desde agosto de 2016. Na parcial deste mês, enquanto o preço médio do boi gordo em São Paulo é de R$ 301,35 por arroba, a carne bovina apresenta média de R$ 292,65 por arroba, ou seja, diferença de R$ 8,70 por arroba, contra R$ 4,76 por arroba em janeiro/2021. Em fevereiro do ano passado, o cenário era o oposto, com a carne apresentando vantagem sobre a arroba, de significativos R$ 11,82 por arroba.

Naquele mês, a média do boi gordo estava em R$ 249,06 por arroba e a da carne bovina, em R$ 260,88 por arroba. Em agosto de 2016, a diferença entre o boi gordo e a carne bovina foi de R$ 14,40 por arroba, com o boi gordo cotado a R$ 221,16 por arroba e a carne, a R$ 206,80 por arroba (todos os valores estão em termos reais, deflacionados pelo IGP-DI). No caso do boi gordo, a baixa oferta de bovinos para abate segue mantendo os preços em alta. Em São Paulo, o preço médio atual do boi gordo é de R$ 302,02 por arroba à vista, valorização de 13,11% na parcial deste ano (de 30 de dezembro de 2020 a 9 de fevereiro de 2021). A média mensal supera em 4,26% à de janeiro e em 21% à de fevereiro do ano passado, em termos reais.

Para a carne bovina negociada no atacado de São Paulo, a cotação também registra avanço neste ano, mas de forma bem menos intensa. Além do recuo das exportações nas primeiras semanas de 2021, a demanda doméstica da carne está enfraquecida. A carcaça casada do boi está cotada atualmente a R$ 19,62 por Kg à vista, elevação de 8,34% na parcial deste ano. A média da parcial de fevereiro está 2,95% superior à média de janeiro/2021 e 12,17% acima da de fevereiro/2020, também em termos reais. Neste caso, ressalta-se que a valorização do dianteiro (carne mais barata e consumida domesticamente nesse período do ano) vem sustentando os preços da carcaça. É preciso considerar, também, que a baixa oferta de bovinos para abate impede quedas nos preços da carne. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.