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11/Fev/2021

Boi: preços da carne deverão se manter elevados

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), impactada pela alta dos custos ao produtor e pela exportação crescente, a carne bovina não vai voltar aos preços do início de 2020. Em janeiro, a carne bovina de primeira subiu em média 1,55% nas dezessete capitais em que o Dieese faz a pesquisa da cesta básica. Há falta de uma política pública para o produto. É um alimento importante para os brasileiros, com maior peso no orçamento das famílias, que estão tendo que substituir a carne bovina por algo que caiba dentro do orçamento. A julgar pelos resultados do IPCA de janeiro divulgados no dia 9 de fevereiro, essa substituição também encontra dificuldades. O grupo de aves e ovos subiu 0,69% no mês passado.

Carnes e peixes industrializados tiveram alta ainda maior: 1,01%. Esse constante aumento de preços da carne (em função de custos, exportação e oferta restrita), e de outros produtos alimentícios, vai fazer a população, em um momento de redução de emprego e renda como o atual, pagar mais pelo básico. As desigualdades tendem a se acentuar. A sugestão é que sejam feitas políticas alternativas, investimento em agricultura familiar e política de estoques reguladores, por exemplo. Índice oficial de inflação do País, o IPCA ficou em 0,25% em janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, a inflação brasileira acumula 4,56%. Nos 12 meses anteriores, o índice estava em 4,52%. Em janeiro de 2020, o IPCA tinha sido de 0,21%.

Como nos meses anteriores, o grupo Alimentação e Bebidas foi o que registrou a maior alta de preços entre os pesquisados: 1,02%. Embora o IBGE tenha destacado que a variação ficou abaixo da de dezembro, 1,74%, o fato é que mais uma vez os brasileiros sentiram no bolso a alta de itens básicos. Os destaques nesse grupo em janeiro ficaram para cebola (17,58%), batata (10,84%) e tomate (4,89%). O óleo de soja, que subiu 103,79% em 2020, teve leve recuo em janeiro: -1,08%. Essas altas dos preços dos produtos in natura se devem especialmente a fatores climáticos e de safra. De todo modo, os preços dos alimentos continuam subindo. A inflação não tem sido um problema maior porque não tem demanda de outros bens pressionando. Além da queda de renda e emprego enfrentada pelos brasileiros. Fonte: Fórum. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.