05/Fev/2021

Com a alta dos preços dos insumos usados na avicultura, a relação de troca segue desfavorável ao produtor. No caso do farelo de soja, considerando o valor negociado no mercado de lotes de Campinas (SP), em janeiro foi possível ao avicultor a compra de 1,55 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de frango vivo. Essa quantidade está 9,9% abaixo da observada em dezembro e ainda 33,1% inferior à de janeiro do ano passado. Quanto ao milho, também com base na região de Campinas (SP), o produtor pôde comprar 3,06 Kg do cereal com a venda de 1 Kg da ave, recuos de 14% na comparação mensal e de 17,7% na anual.

No mercado de frango vivo, a procura foi limitada por parte da indústria que tentava reduzir seus estoques. Isso impediu reações nos preços do frango. Em São Paulo, o frango vivo foi cotado, em média, a R$ 4,27 por Kg em janeiro, 4,7% abaixo do registrado em dezembro, mas 36,7% acima da de janeiro de 2020. O excesso de chuvas tem dificultado a colheita da soja no Brasil, preocupando o setor e reforçando o cenário de baixa disponibilidade do grão. Em janeiro, o farelo de soja teve média de R$ 2.774,78 por tonelada na região de Campinas, aumento de 6,7% ante dezembro e 106% acima da observada em janeiro de 2021.

Para o milho, a baixa disponibilidade e a demanda aquecida elevaram as cotações em janeiro para o recorde real em algumas regiões. No caso do Indicador Esalq/ BM&F, a média mensal foi de R$ 83,65 por saca de 60 Kg, altas de 11% frente à de dezembro e de 66% na comparação com janeiro/2020. Em São Paulo, no atacado, o frango inteiro congelado registra alta de 0,9% nos últimos sete dias, cotado a R$ 5,69 por Kg. No Paraná, na região de Toledo, a alta é de 5,6% no mesmo comparativo, com o frango inteiro cotado a R$ 6,44 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.