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04/Fev/2021

Leite: setor está atento aos custos e ao consumo

A cadeia leiteira, que inicia 2021 com preços maiores do que os registrados no início de 2020, mas que sofre com altos custos de produção, está na expectativa para saber como se comportará o consumo das famílias brasileiras ao longo deste ano. A dúvida surge a partir do fim do auxílio emergencial, que ajudou a elevar o consumo de leite UHT e queijo muçarela entre as pessoas com menor poder aquisitivo, fator que pesou para firmar os preços da cadeia no ano passado. Mesmo com a entrada dos lácteos importados em volumes expressivos a partir de setembro de 2020, as cotações internas não caíram. O valor projetado pelo Conseleite para o leite em janeiro é de R$ 1,4391 por litro.

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) avaliou 2020 como um ano de recuperação de margem de rentabilidade para o produtor de leite médio e grande e para as empresas, apesar dos valores que tiveram que despender para se adequarem aos protocolos sanitários impostos pela pandemia. Para 2021, a expectativa é de que a cadeia continuará impactada pelos custos produtivos. Por outro lado, deve haver mudanças na estrutura do setor, com a entrada de vacas mais jovens para lactação, depois de muitos produtores terem encaminhado para o abate vacas com mais idade, um movimento puxado pelo preço do boi gordo. Este descarte de vacas, que aconteceria nos próximos anos, foi antecipado, e isto é positivo para melhoria do plantel.

Para a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS) a preocupação continua sendo com os custos de produção e a baixa disponibilidade de alimentação para o rebanho leiteiro, em função das estiagens de 2020, que reduziram a produção de silagem e pastagens. É possível que os preços ao produtor se mantenham estáveis nos primeiros meses deste ano, já que uma redução não seria suportada pelos pequenos, que não tiveram uma boa margem de rentabilidade no ano passado. O setor espera que o consumo de lácteos no Brasil seja favorável neste ano e a cadeia espera menos importação de produtos e políticas de proteção aos agricultores familiares, a exemplo do que ocorre nos principais países produtores de leite. Fonte: CP. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.