03/Fev/2021

A demanda por carne suína em 2021 deve se recuperar em muitos países, ainda que a peste suína africana (PSA) e a Covid-19 continuem afetando a produção e a cadeia de fornecimento de proteína animal. A oferta de suínos tende a crescer na Ásia, além da América do Norte e do Sul, enquanto na Europa a conjuntura deve ser de novos desafios. Nos Estados Unidos, as demandas interna e externa continuam sustentando o mercado e possibilitando alta dos preços dos suínos.

Na Europa é esperada maior estabilidade ou queda na produção de suínos neste ano, com menor exportação e lenta recuperação do consumo local, dada a pandemia do coronavírus e o avanço da peste suína africana. A Alemanha, maior afetada pela doença, tenta encontrar destinos alternativos para exportação de carne suína. Por outro lado, Espanha e Dinamarca se aproveitam dos embargos impostos por países, como a China, ao produto alemão para ganhar espaço no mercado asiático.

Em relação à China, a projeção é de crescimento acelerado na produção de suínos em 2021. Embora a doença continue se espalhando pelo país, os efeitos são cada vez menores. Isso porque os chineses conseguiram aumentar o controle do rebanho de suínos em sistemas integrados e intensivos de produção. Na ponta da demanda, a perspectiva é de que haja uma recuperação. Ainda assim, com o aumento da produção, a potência asiática deve importar menos carne suína neste ano, não devendo repetir o recorde do ano passado.

Sobre o Brasil, foi reafirmada a projeção apresentada em novembro de que a produção de carne suína deve se expandir 2,5% em relação a 2020. O motivo é a retomada do consumo interno e as expectativas de manutenção das fortes exportações vistas nos últimos anos. O mercado deve monitorar, entretanto, a evolução dos preços de ração animal, à base de milho e soja. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.