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28/Jan/2021

Suíno: competitividade cresce frente às substitutas

A típica redução na demanda final por carne suína em início de ano, tanto interna quanto externa, tem pressionado os valores pagos pela carcaça, especialmente nesta segunda quinzena de janeiro. Com as recentes quedas, o preço da carcaça suína tem se distanciado do preço da carcaça bovina e se aproximado do frango inteiro. Dessa forma, a proteína suína vem ganhando competitividade frente a essas principais concorrentes. Em São Paulo, no atacado, a média da carcaça especial suína registra atualmente a maior diferença nominal em relação à da carne bovina (carcaça casada), considerando-se toda a histórica do Cepea, iniciada em 2004. Nesta parcial de janeiro, a diferença está em R$ 7,95 por Kg, sendo 23,2% acima da observada em dezembro/2020 e 78,5% maior que a de janeiro/2020, em termos nominais.

Frente ao frango inteiro resfriado, a diferença recuou 1,2% de dezembro/2020 para janeiro/2021, a R$ 5,23 por Kg neste mês, mas ainda 30,7% acima da observada em janeiro de 2020, em termos nominais. Na média de janeiro, a carcaça especial suína é cotada a R$ 10,97 por Kg, recuo de 1,7% frente à do mês anterior, mas ainda 22,6% acima da média observada em janeiro/2020. Os recuos já eram esperados pelos agentes da cadeia, uma vez que este mês é historicamente marcado por baixa liquidez. De qualquer forma, o cenário atual vem preocupando frigoríficos e produtores, que operam com oferta maior de suíno e de carne do que o volume demandado. No mercado da carne bovina, a tendência vai na contramão das outras proteínas.

Com exportações firmes e oferta enxuta de bois para abate, os preços da carcaça vêm se elevando e se aproximando do recorde nominal da série, que foi registrado em novembro/2020. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada bovina registra valorização de 7,7% de dezembro/2020 para a parcial de janeiro/2021, com a média deste mês a R$ 18,92 por Kg, sendo ainda 41,2% acima da verificada em janeiro/2020. Para a carne de frango, a lentidão nas vendas, que vem sendo observada desde o final de dezembro, faz com que agentes do setor operem com oferta elevada de carne, criando estoques e pressionando os valores. Em São Paulo, no atacado, o frango inteiro resfriado é negociado a R$ 5,74 por Kg na parcial de janeiro, recuo de 2,1% na comparação com o mês anterior, mas ainda 16% acima de janeiro/2020, em termos nominais. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.