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25/Jan/2021

Boi: preços seguem em alta com ofertas restritas

Os preços do boi gordo estão bastante sustentados. A dificuldade de formar lotes é determinante para a alta observada ao longo deste mês e que deve durar mais algumas semanas, a se manter o dólar valorizado e a percepção de que os compradores da carne brasileira não devem deixar comprar do Brasil o suprimento necessário. Ainda assim, o valor de R$ 300,00 por arroba pagos pelo bovino destinado à exportação já reduzem a competitividade do produto nacional no exterior.

As exportações estão indo bem e o mercado doméstico, embora não esteja forte, não caiu a níveis tão baixos quanto em novembro e dezembro. O câmbio e a demanda interna serão fundamentais para o rumo dos preços. O câmbio é uma variável difícil de prever, mas se o dólar perder sustentação e cair para a casa dos R$ 5,20, isso pode afetar os embarques brasileiros. Quanto à demanda interna, a possibilidade de retração é grande, já que o auxílio emergencial acabou e a economia está estagnada.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 292,50 por arroba à vista e a R$ 297,00 por arroba a prazo. No caso das fêmeas, que vinham acumulando valorização ainda maior, os preços se mantêm a R$ 277,00 por arroba para a vaca gorda e R$ 285,00 por arroba para a novilha, em ambos os casos valor a prazo. Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais os preços também registram alta. Em Goiás, a cotação é de R$ 281,00 por arroba.

Para que haja um recuo significativo nos preços do boi gordo, a oferta precisa aumentar. A retração da demanda, por si só, não seria suficiente para baixar expressivamente a arroba do boi porque não há bovinos disponíveis. Em fevereiro, a disponibilidade de bois a pasto já deve aumentar, mas a chegada de um volume mais forte deve acontecer só em maio ou junho, após o encerramento das chuvas. Os bovinos confinados devem aparecer apenas no segundo semestre.