22/Jan/2021

Os preços da carne de frango no mercado interno estão pressionados neste mês, com a menor procura pelo produto e exportações mais fracas. Tem aumentado o descompasso entre a demanda e a oferta do setor avícola, levando a estoques elevados. Com isso, os preços têm cedido, mesmo com a competitividade dessa proteína ante a suína e bovina. No Rio Grande do Sul, na região de Erechim, o frango inteiro congelado registra desvalorização de 3,7% na parcial de janeiro, quando consideradas as médias de dezembro, a R$ 6,90 por Kg.

No Paraná, na região de Toledo, o produto registra média de R$ 6,25 por Kg em janeiro, queda de 2,7% ante dezembro. Em São Paulo, no atacado (mercado de cortes e miúdos), a asa é o produto que apresenta a desvalorização mais significativa neste mês. Ressalta-se que grande volume de asa geralmente é embarcada à China e, como as vendas externas estão lentas, houve aumento na disponibilidade do produto no mercado brasileiro e queda intensa nos preços.

De dezembro até o dia 20 de janeiro, o preço da asa congelada registra queda de 6,9%, para R$ 9,36 por Kg, em média. O preço do coração é destaque de alta. A demanda específica do miúdo tem elevado a liquidez e as cotações operam em patamares recordes nominais da série histórica do Cepea para esse produto, iniciada em 2010. O coração resfriado tem preço médio de R$ 21,30 por Kg na parcial de janeiro, alta de 11,5% frente ao mês anterior.

Sobre os insumos usados na ração, os preços do milho seguem em alta e as cotações do farelo de soja apresentam queda. Para o milho, o Indicador Esalq/BM&F registra avanço de 1,9% nos últimos sete dias, cotado a R$ 85,44 por saca de 60 Kg, e renovando a máxima nominal da série histórica do Cepea. Para o farelo de soja comercializado no mercado de lotes da região de Campinas (SP), há queda de 1,2% no período, a R$ 2.752,07 por tonelada. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.