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21/Jan/2021

Suíno: recua o poder de compra dos suinocultores

Os preços dos suínos registram leves altas neste início de ano, mas as valorizações do milho e do farelo de soja, importantes insumos da atividade, estão mais intensas. Diante disso, o poder de compra dos suinocultores frente ao cereal e ao derivado da soja está caindo em janeiro frente ao mês anterior, se caracterizando como o quarto mês seguido de piora na relação de troca. Considerando-se o suíno comercializado no mercado independente da região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o milho na região de Campinas (Indicador ESALQ/BM&F), é possível a compra de 5,59 Kg de cereal com a venda de 1 Kg de suíno na média da parcial de janeiro, baixa de 6% frente a dezembro.

Na comparação com o farelo de soja negociado no mercado de lotes de Campinas, a queda mensal no poder de compra é de 0,9%, sendo possível ao produtor adquirir 2,84 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno na parcial de janeiro. Em Santa Catarina, na região oeste, é possível ao suinocultor a compra de 5,58 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno vivo na média parcial de janeiro, redução de 7,8% frente à quantidade observada em dezembro. Na comparação com o farelo de soja, o recuo mensal é de 2,4%, sendo possível ao produtor adquirir 3,06 Kg do derivado na parcial deste mês. Os preços do milho (Indicador ESALQ/BM&F) vem renovando, há sete dias seguidos, o recorde nominal da série, iniciada em 2004. O baixo estoque brasileiro, a queda na produção e o preço elevado das exportações de milho vêm impulsionando os valores do cereal. Na parcial de janeiro, o cereal registra média de R$ 83,32 por saca de 60 Kg na região de Campinas, forte avanço de 10,6% frente a dezembro.

Em Santa Catarina, na região de Chapecó, o milho é negociado na média de R$ 86,53 por saca de 60 Kg em janeiro, aumento de 8,4% frente a dezembro. No mercado do farelo de soja, apesar de as cotações não estarem em patamares recordes, os preços de janeiro são o dobro do observado no mesmo mês de 2020. Com o valor da soja em alta e com as demandas interna e externa pelo farelo aquecidas, os preços do derivado se elevam no Brasil. De dezembro até a parcial de janeiro, as cotações do farelo de soja registram alta de 5% na região de Campinas (SP) e 2,8% na região de Chapecó (SC), com as médias do mês atual a R$ 2.730,06 por tonelada e a R$ 2.633,62 por tonelada, respectivamente. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.