19/Jan/2021

A alta dos preços do boi gordo no mercado físico pode perder força no curto prazo, com a esperada volta de pecuaristas das férias e maior interesse de comercialização. Outro fator que tende a influenciar o mercado na segunda quinzena do mês é o consumo doméstico mais fraco, afetado pela crise econômica e a retirada do auxílio emergencial. A conjuntura interna, de fato, é um desafio para o segmento de bovinos, que vai precisar avaliar a capacidade de absorção das altas do boi e da carne pelo consumidor brasileiro.

Há possibilidade de apreciação do câmbio e de uma leve redução nas exportações. Nesse sentido, o mercado está preocupado com o avanço da segunda onda de casos do coronavírus pelo mundo, que tem potencial de minimizar o resultado dos embarques e de limitar a valorização do boi. Para os frigoríficos, entretanto, especialmente os mais voltados para o mercado doméstico, o spread continua apertado, dependendo de novas altas nos preços da carne.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 285,00 e R$ 287,00 por arroba à vista. Os bovinos mais jovens, que atendem às exigências para exportação, continuam cotados a R$ 290,00 por arroba. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 266,00 por arroba à vista e R$ 272,00 por arroba a prazo. No Rio Grande do Sul, a menor oferta de boi fez aumentar a procura por fêmeas. Assim, a vaca e a novilha gordas estão cotadas a R$ 8,50 e a R$ 8,70 por Kg, respectivamente.

Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 282,50 por arroba a prazo. Em Rondônia e no Pará, a cotação é de R$ 258,67 por arroba e R$ 275,00 por arroba respectivamente. Em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 273,00 por arroba à vista. Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 275,00 por arroba a prazo e em Mato Grosso do Sul, a R$ 269,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos registram alta. O boi capão está cotado a R$ 18,50 por Kg e o boi inteiro, a R$ 17,95 por Kg.