13/Jan/2021

Indústrias e produtores do Paraná têm se adaptado a critérios rigorosos de qualidade e de processos para fechar novos contratos e manter em alta as exportações de carne de frango a países do Oriente Médio. A exportação de carne do estado para o bloco dos Países Árabes totalizou, de janeiro a novembro de 2020, US$ 655 milhões, sendo quase todo o montante em carne de frango, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo os frigoríficos, o mercado árabe exige diversas adaptações da indústria, pois só consomem carne Halal. Para que um produto seja considerado Hhalal, várias determinações devem ser seguidas.

No caso da carne, por exemplo, os animais precisam estar virados em direção à Meca (cidade sagrada do Islã). As plantas tiveram que ser adaptadas para cumprir às exigências. Além disso, segundo os critérios, o animal não pode sofrer, então, a degola dos frangos é feita manualmente e é supervisionada por um funcionário praticante da religião. A norma fala que o animal não pode ver o do lado sendo abatido, que o animal não pode sofrer e precisa estar em perfeito estado. A faca também não pode ter contato com o sangue do animal. Em uma cooperativa na região oeste do Estado, duas linhas de produção foram preparadas para cumprir o ritual. No local, são abatidas cerca de 150 mil aves por dia. Este é um mercado muito importante.

Todos os produtos ainda passam por uma verificação antes de atravessarem o oceano com destino aos países árabes. Uma vez por ano as fábricas são inspecionadas por uma certificadora. A auditoria é feita sempre por dois auditores, um técnico e um religioso que verificam se as regras estão sendo cumpridas. Em 2020, o Paraná foi responsável por 40% da produção brasileira de frangos e carne bovina vendida aos países islâmicos. Os especialistas afirmam que ainda há espaço para que as empresas locais conquistem mais terreno neste tipo de mercado. A expectativa é de que daqui 5 ou 6 anos, todos os países vão estar com essa consciência que o selo Halal é extremamente importante e só vai ser consumido esse tipo de produto. Fonte: G1. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.