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11/Jan/2021

Boi: frigoríficos querem manter margens em 2021

A indústria de carne bovina inicia o ano com o desafio de manter em altos patamares os preços do produto, especialmente no mercado doméstico, para preservar as margens dos frigoríficos diante da arroba do boi gordo valorizada e da remuneração dos pecuaristas, que precisam lidar com os altos custos de produção. A dificuldade é maior levando em conta a situação econômica do País e a retirada do auxílio emergencial pelo governo federal, o que pode fazer com que o consumo interno não dê conta dos altos preços da proteína, ainda mais em um ambiente em que a carne de frango continua competitiva e servindo como substituta. Em relação aos custos para o pecuarista, há preocupações com o valor do bezerro, que segue alto em relação ao do boi gordo, mantendo desvantajosa a relação de troca. Por outro lado, os criadores tendem a continuar capitalizando a estrutural escassez de bezerros enquanto o cenário da pecuária seguir construtivo.

As boas perspectivas ficam para o mercado externo, sobretudo a China, que tende a se manter como um importante parceiro comercial para o País. Outro fator importante nesse sentido é a recuperação dos preços em dólares, que já vem ocorrendo nos últimos quatro meses. Se o cenário para a moeda norte-americana mais depreciada se confirmar é possível que os preços continuem nesse curso. Tanto o mercado interno quanto a exportação começam o ano com spreads bem menores em comparação com um ano atrás, o que tende a restringir um novo e vigoroso movimento de alta do boi, a menos que a carne volte a subir sustentando os recordes históricos como há poucos meses, o que é pouco provável. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.