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11/Jan/2021

Frango: consumo interno deve seguir sustentado

A diferença de preços entre a carne de frango e as carcaças bovina e suína deve continuar elevada em 2021, após bater recorde no ano passado. A retomada do crescimento econômico tende a ocorrer de forma gradual, e, com isso, o poder de compra dos consumidores deve continuar enfraquecido, o que, por sua vez, pode favorecer as vendas de carne de origem avícola, que é negociada a valores mais baixos que os das concorrentes. No acumulado de 2020, enquanto as carnes bovina e suína se valorizaram expressivos 35% e 32%, respectivamente, a carne de frango avançou 9%. O consumo interno de carne de frango tende a ser favorecido em 2021 em relação às proteínas concorrentes, especialmente do dianteiro bovino. A conjuntura é de alto desemprego e preços ainda sustentados das carnes no País.

Apesar disso, para o primeiro trimestre a sazonalidade sugere preços normalmente mais acomodados para a carne de frango. São demasiadamente otimistas as estimativas apresentadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) de expansão de até 5,5% na produção de carne avícola no ano e de aumento de 7% nas exportações do produto. Isso porque, nos últimos anos, o setor tem tido dificuldade de ampliar embarques e, neste ano, enfrentará também um cenário de altos custos de produção, o que levará a uma elevação nas cotações do mercado interno para equilibrar as margens de lucro. Em relação ao mercado internacional, um driver importante para o segmento continua sendo o petróleo, grande fonte de receita para muitos países importadores da carne de frango do Brasil. O preço do petróleo segue em alta e já ultrapassa os US$ 50 por barril Brent. Isso permitiu que o preço pago aos exportadores do produto in natura subisse no período.

A partir de agora, será importante o direcionamento do petróleo, em princípio com perspectiva positiva associada à recuperação das economias, por sua vez apoiada nos efeitos positivos da imunização contra o coronavírus, o que ainda é uma guerra a ser vencida. A retomada das exportações para as Filipinas, no mês passado, foi positiva. O Brasil foi um dos países que registrou maior volume de embarques às Filipinas no ano passado, com perspectiva de mais crescimento este ano. As estimativas apontam para a exportação de 375 mil toneladas a 400 mil toneladas ao país, que, assim como a China, foi afetado pela peste suína africana e enfrenta uma escassez de carne suína. Fontes: Cepea e Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.