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11/Jan/2021

Consumo interno de frango e suíno deverá crescer

O consumo doméstico de carnes de aves e suínos deve continuar sustentado e puxar a produção nacional em 2021. A perspectiva tem como base sinais de recuperação da atividade econômica e maior circulação de pessoas, especialmente em bares e restaurantes. A alta dos preços da carne bovina também contribui para que o consumidor continue buscando proteínas mais baratas. Em 2020, essa substituição já aconteceu, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Se o processo se repetir, vai se consolidar como hábito o maior consumo de carnes de aves e suínos. A ABPA projeta um aumento de 3% a 6,5% no consumo doméstico de carne de frango em 2021, para até 10,15 milhões de toneladas, ou 47 quilos/ano por pessoa, 4,4% acima de 2020.

A entidade considera também a projeção de alta de até 3,6% nas exportações, que podem atingir 4,35 milhões de toneladas, enquanto a produção de carne de frango deve subir até 5,5%, para um volume entre 14,25 milhões e 14,50 milhões de toneladas. Já a produção de carne suína deve alcançar 4,4 milhões de toneladas (+3,5%), dos quais 1,1 milhão de toneladas seriam exportadas, alta de 19% ante a estimativa para 2020. O consumo doméstico desta carne tende a crescer até 3% no próximo ano, para até 3,3 milhões de toneladas, ou 15,5 Kg/ano per capita. As empresas do setor têm elasticidade para se adaptar à demanda que for observada. Ainda assim, o ano que começa traz desafios, como a alta dos custos internos e a tendência de recuperação do plantel de suínos da China, passada a crise da peste suína africana, o que pode contribuir para a valorização dos grãos.

Nesse sentido, a ABPA tem pedido ao Ministério da Agricultura financiamento para construção de armazéns de grãos, de modo a proteger a indústria das variações desses insumos. Quanto à oferta interna de grãos, a preocupação no momento é com o clima. No Sul do País, as altas temperaturas e a prolongada estiagem podem afetar a produtividade das lavouras, o que aumentaria a pressão sobre os preços e a indústria frigorífica. Na ponta da demanda, ele reforça que a China tem aumentando o grau de tecnificação da produção de suínos, deixando para trás o modelo de criação artesanal para produzir em escala. Essa transformação deve fazer a China demandar um volume maior de milho e farelo de soja para alimentação animal, o que também tende a influenciar a alta dos preços dos grãos, podendo afetar a avicultura e a suinocultura brasileiras. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.