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11/Jan/2021

China pode reduzir importações do Brasil em 2021

O Brasil pode sentir em 2021 os efeitos da recuperação do plantel de suínos na China. O país deve importar entre 1 milhão e 1,5 milhão de toneladas a menos de carne suína em relação ao volume adquirido em 2020. Essa lacuna, entretanto, pode ser preenchida com o aumento das exportações brasileiras para países emergentes do Sudoeste Asiático. O Brasil segue bem posicionado para a carne suína no mercado internacional e a suspensão das exportações do produto da Alemanha para a China, por exemplo, também favorece os embarques. Há um embargo imposto pela China à carne suína alemã, após a confirmação de novos focos de peste suína africana no país europeu.

A produção de suínos da China vem ocorrendo de forma gradual e a expectativa é de que os chineses voltem ao patamar anterior à doença apenas em 2025, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Mesmo que haja avanços no segmento de suínos chinês, a previsão para 2021 é de que o volume produzido pela China cresça 6,5%, somando 41,5 milhões de toneladas - ainda bem abaixo dos 54 milhões de toneladas de carne suína consumidas no país. Quando a China alcançar o nível de consumo verificado hoje, precisará aumentar ainda mais a produção porque nesse prazo também vai ocorrer um incremento no consumo do produto, dado o crescimento populacional previsto para os próximos anos. Outro ponto que chama a atenção é a baixa perspectiva de aumento das exportações dos concorrentes do Brasil em 2021.

De acordo com dados da ABPA, os embarques de carne suína canadense e norte-americana devem crescer menos de 1% em 2021. Já a União Europeia tende a enviar menos ao exterior, enquanto o Brasil pode ver alta de até 10%. Para a carne de frango, o levantamento da associação também aponta para aumento dos embarques dos EUA (menos de 1%) e da União Europeia (2%), enquanto mostra potencial de aumento de até 3,6% das exportações brasileiras. O Brasil também busca por novos acordos e aberturas de mercado, destacando o mercado mexicano. A ABPA está trabalhando para retomar as cotas de exportação de carne de frango para o México e, quando isso for feito, poderemos abrir também para a carne suína. O México é um dos maiores importadores dessas carnes no mundo e tem muito a agregar à indústria brasileira. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.