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16/Dez/2020

Boi: preços estão caindo e comercialização é lenta

A proximidade das festas de fim de ano segue afastando pecuaristas e frigoríficos do mercado físico de boi gordo. Dessa forma, a baixa liquidez de negócios se mantém e os preços da arroba encontram espaço para novas quedas nas regiões pecuárias do País, ainda que a oferta de gado terminado continue restrita, o que seria altista para as cotações. Neste período do ano, a indústria reduz a demanda por matéria-prima, com as programações já completas e as escalas de abate praticamente preenchidas. Por outro lado, os pecuaristas começam a se retirar para o recesso de fim de ano, uma vez que a grande parte deles já comercializou os últimos lotes provenientes dos confinamentos. A demanda dos frigoríficos poderia até estar movimentando o mercado nesta semana, se não fosse pelo ritmo de vendas de carne bovina ainda fraco e abaixo das expectativas.

A perspectiva geral para o setor é de incerteza, dada a crise econômica, o alto desemprego e a escalada recente do número de casos de coronavírus no País. O mercado age com cautela diante desses fatores, aguardando para avaliar os efeitos de possíveis medidas a serem adotadas pelos governos estaduais na comercialização do produto. Assim, uma nova rodada de quedas nas cotações foi apurada no País, embora o volume de negócios fechados neste início de semana tenha sido irrisório, com as poucas plantas ativas do mercado ainda avaliando com cautela o resultado das vendas de carne do fim de semana. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 256,00 por arroba à vista e a R$ 265,00 por arroba a prazo. Em Goiás, a cotação é de R$ 253,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 246,00 por arroba à vista e a R$ 248,00 por arroba a prazo.

No Rio Grande do Sul, a cotação é de R$ 252,00 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo é negociado entre R$ 251,00 e R$ 253,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 241,59 por arroba à vista. A média brasileira é de R$ 245,17 por arroba, queda de 4,75% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o volume de negócios está um pouco mais regular, o que impede novas quedas nos preços dos cortes bovinos. O traseiro do boi continua cotado a R$ 19,60 por Kg, enquanto para o dianteiro e a ponta agulha, a cotação é de R$ 14,60 por Kg (ambos). O ambiente sugere um quadro de suporte, visto que não há registro de sobras de mercadorias em função da redução da capacidade de abate decorrente da restrita oferta de bovinos. A expectativa é de maior fluxo de escoamento com a chegada das festas de fim de ano.