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14/Dez/2020

Boi: preços seguem recuando com fracos negócios

A proximidade das festas de fim de ano vinha alimentando fortes expectativas de retomada no consumo doméstico de carne bovina, mas enquanto essa demanda não aparece a comercialização perde força no mercado físico do boi gordo. De um lado, os frigoríficos alongaram suas escalas de abate para atenderem a demanda de Natal. Do outro, os pecuaristas liquidam os lotes remanescentes de bovinos confinados e se preparam para o recesso. A comercialização de bois prontos para o abate, portanto, tem sido mais fraca, possibilitando um ambiente de preços mais próximos da estabilidade nas principais regiões pecuárias do País. As variações que ainda ocorrem são em locais em que a indústria, já com a programação mais confortável, pressiona os produtores, na tentativa de garantir os últimos e menores lotes a preços ainda mais baixos e, assim, potencializar as margens de lucro.

A disponibilidade de gado gordo segue restrita e, os movimentos de baixa nos preços só foram possíveis em função de algumas atitudes adotadas pelos frigoríficos, como adequação no fluxo das compras com ofertas de bovinos oriundas de confinamentos próprios ou de negócios a termo. O fato de alguns pecuaristas também liquidarem lotes represados por necessidade de caixa colabora para o ambiente baixista. Em São Paulo, o boi gordo continua cotado a R$ 259,21 por arroba à vista e R$ 267,00 por arroba a prazo. No Pará, a cotação está entre R$ 253,00 e R$ 256,00 por arroba. No geral, observa-se maior estabilidade nas regiões pecuárias brasileiras. Isso é reflexo da ausência no mercado de compradores e vendedores. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 258,00 e R$ 260,00 por arroba a prazo.

Em muitas localidades, as programações de abate estão completas até o fim da semana que vem e os frigoríficos testando preços mais baixos. Em Tocantins, a cotação é de R$ 242,00 por arroba à vista e R$ 245,00 por arroba a prazo. A média brasileira é de R$ 249,03 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços refletem o lento escoamento de carne bovina na primeira quinzena do mês e registram recuo. As quedas nos preços das carnes concorrentes (frango e suínos), a forte redução no volume negociado com o exterior e as preocupações com a inconsistência do consumo doméstico, tanto em função de questões econômicas como pelo aumento de casos de coronavírus, trouxeram temores quanto a formação de estoques. O traseiro do boi está cotado a R$ 19,60 por Kg. O dianteiro está cotado a R$ 14,60 por Kg, assim como a ponta da agulha.