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10/Dez/2020

Carnes: alta nos insumos vai encarecer proteínas

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as proteínas terão uma mudança no patamar de preços em 2021 por causa do encarecimento dos insumos, especialmente do milho. Os gastos com milho e farelo de soja representam 70% dos custos de produção de carne suína e de aves. Assim, é inevitável que isso seja repassado para o consumidor final. O setor aguarda a entrada da nova safra de soja e a chegada da safra de verão (1ª safra 2020/2021) de milho, mas não há expectativa de queda expressiva nas cotações dos grãos. Nesse sentido, a entidade defende a necessidade de desenvolver políticas de incentivo para o plantio de milho no Brasil, além de maior financiamento para a construção de armazéns e estoques para as empresas de proteína animal. O mundo cada vez mais busca milho no Brasil, além do mercado de etanol de milho que tende a aumentar e as indústrias de proteína animal, em ascensão constante.

A retirada das tarifas externas comum (TEC) para importação de milho e farelo de soja de países de fora do Mercosul representa uma alternativa ao setor para evitar os altos custos de grãos brasileiros. Entretanto, não se tem conhecimento de nenhuma importação dos Estados Unidos, por exemplo, pelas empresas associadas à ABPA até o momento. Elas estão no momento de avaliar os custos, até porque a logística às vezes não compensa. Portanto, os custos de produção seguem como um desafio para o segmento de carnes em 2021, além da Covid-19. É preciso lembrar que a pandemia não acabou, muito pelo contrário. Esse é outro desafio: manter a produção em meio à propagação da doença, preservando a saúde dos colaboradores e garantindo o abastecimento do mercado doméstico e externo. Ainda nesse sentido, o consumo interno de carne de aves e suína não deve perder muita força no próximo ano, mesmo que o auxílio emergencial do governo federal seja suspenso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.