ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Dez/2020

Carnes: Brasil busca novos mercados de exportação

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil continua em busca de novos acordos comerciais para aberturas de mercado no segmento de proteína animal, especialmente no caso de carnes de frango e suína. A negociação com o Canadá, por exemplo, está muito próxima de ser concluída e deve se consolidar em janeiro do ano que vem. Com o México, a negociação está parada, mas não por causa do governo brasileiro, que já acionou até a Organização Mundial do Comércio (OMC) para entender os entraves com os mexicanos. A entidade segue apoiando o governo em todas as etapas no âmbito das aberturas de mercado. Em 2020, o Brasil teve 80 novas habilitações de plantas para exportação de carne de frango ou de suínos. Após as habilitações, o Vietnã aumentou em 100% as compras de carne de frango e em 211% as de carne suína no acumulado de 2020 na comparação com o ano passado, por exemplo.

Cingapura teve um aumento de 31% na aquisição de carne de frango e de 54% sobre a de carne suína. O cenário internacional para a carne brasileira em 2021 continua muito positivo, com os focos de peste suína africana (PSA) identificados pelo mundo como uma oportunidade para o País. Como exemplo, pode-se citar a suspensão das exportações de carne suína da Alemanha para a China por causa da doença, o que diminui a concorrência externa para o gigante asiático. Outro exemplo, mas de menor influência, é a suspensão das exportações de frango da França para a China, em função dos casos de gripe aviária. Nesse caso, porém, embora tenda a haver uma busca por substituição, esta seria menor, já que o volume exportado pelos franceses para o mercado chinês não é expressivo. A China continua avançando na recomposição do seu plantel de suínos, dizimado pela peste suína africana. Entretanto, cerca de 15% das matrizes chinesas ainda precisam ser repostas.

A China fará esse investimento nas matrizes, mas depois que completarem o rebanho ainda precisa aguardar entre 1 ano e meio e 2 anos para que essa recomposição se transforme em produto, não é algo imediato. Nesse aspecto, o gigante asiático pode ter menor necessidade de carne suína no médio prazo, mas, por enquanto, em 2021, o Brasil continua tendo uma parcela importante do mercado chinês, especialmente com as projeções de crescimento nos embarques. Com em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações de carne suína do Brasil podem crescer até 10% no ano que vem, enquanto a União Europeia deve ter uma retração de 3% nos embarques e os Estados Unidos tendem a aumentar apenas 0,03% as vendas do produto. Quando se observa os embarques do Brasil crescendo e os volumes da União Europeia e dos Estados Unidos em queda ou estagnados, percebe-se mais oportunidades para a carne brasileira. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.