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09/Dez/2020

Boi: preços estão pressionados pela baixa liquidez

O mercado físico de boi gordo registra novas quedas nas principais regiões pecuárias do País. O recuo é reflexo do baixo volume de negócios, que segue travado enquanto as indústrias frigoríficas se mantêm fora do mercado, no aguardo de uma aceleração no ritmo de escoamento de carne bovina para o mercado doméstico. Muitas plantas seguem ausentes das compras de gado, avaliando a melhor estratégia para o curtíssimo prazo. A trajetória baixista do boi gordo só não é mais intensa porque a oferta de gado terminado continua comedida. Algumas regiões do País chegaram a registrar a entrada de novos lotes de bovinos oriundos dos confinamentos na semana passada, mas o volume ainda é insuficiente para reverter o quadro de escassez.

Por isso, a queda de braço entre os pecuaristas e a indústria persiste, com os produtores resistindo às pressões por negócios ainda mais baratos. O mercado doméstico ainda é a principal preocupação no âmbito da demanda, com a expectativa de reação do consumo como movimento típico de fim de ano, dada a proximidade das festividades e o pagamento do 13º salário aos consumidores. As perspectivas são positivas para o mês de dezembro, mesmo com a crise econômica decorrente do coronavírus e com a retirada do auxílio emergencial do governo federal. Em relação à demanda externa, há indústrias manifestando preocupações com o ritmo menor de vendas para a China neste fim de ano. Em São Paulo, o boi gordo é negociado a R$ 266,00 por arroba à vista e a R$ 271,00 por arroba a prazo.

Na Região Centro-Oeste, as escalas de abate de unidades locais avançaram por causa da entrada de novos lotes. O mesmo ocorre na Região Norte do País, onde as programações agora atendem até o fim desta semana. No Pará, a cotação é de R$ 263,00 por arroba à vista e em Rondônia, R$ 241,00 por arroba à vista e R$ 261,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 268,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o fluxo de negócios continua apresentando irregularidades, apesar da entrada do mês de dezembro, quando era esperado maior ritmo de compras domésticas. Apesar disso, a escassez na oferta de bovinos prontos para o abate limita alterações nos preços dos principais cortes. O traseiro do boi e o dianteiro seguem cotados a R$ 20,10 por Kg e R$ 15,10 por Kg, respectivamente.