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07/Dez/2020

Boi: Brasil é o maior fornecedor de carne da China

Segundo o Rabobank, as importações totais de carne bovina da China alcançaram 1,57 milhão de toneladas nos primeiros nove meses de 2020, o que significou avanço de 39% sobre o volume registrado no mesmo período do ano passado. Chama a atenção o crescimento significativo das importações de carne vermelha num período marcado pelas turbulências geradas pela pandemia de Covid-19, que resultaram em sérios problemas comerciais, tais como a suspensão temporária de unidades fornecedoras, devido aos envios de lotes detectados com a presença do vírus, além de interrupções em fábricas de processamento em países exportadores, por causa dos avanços de contaminações em funcionários que trabalham no chão das plantas frigoríficas.

Nos primeiros três trimestres, as importações chinesas de carne bovina representaram 26% da oferta total da proteína no mercado local (não considerando estoques iniciais). No mesmo período de 2019, as compras externas de carne bovina tiveram participação de 19%. Entre os principais países exportadores da commodity, o Brasil registrou os mais fortes crescimentos (156% no acumulado do ano), aumentando a sua participação no mercado chinês de carne bovina de 24% em 2019 para 38% em 2020. Com quase 40% de participação, o Brasil é o principal fornecedor à China, seguido por Argentina (22%), Austrália (14%), Uruguai (10%) e Nova Zelândia (8%). Embora a classificação não tenha mudado entre os principais fornecedores, a expansão da participação do Brasil foi às custas de outros.

Os Estados Unidos também viram forte crescimento (88% no ano), mas a quantidade continua pequena em relação a outros exportadores. É esperado que os Estados Unidos aumentem as exportações para a China em 2021, pois o país da América Norte tem condições de atender a demanda chinesa por uma carne de alta qualidade (mercado premium). No entanto, embora a Covid-19 esteja amplamente sob controle na China continental, ainda persiste o problema de registros de casos de contaminações pelo vírus em embalagens importadas contendo carnes e frutos do mar. Isso levará a uma inspeção mais rigorosa nos portos e na cadeia de armazenamento local de frios, o que provavelmente reduzirá as importações. Fonte: Portal DBO. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.