03/Dez/2020

O mercado físico de boi gordo continua evoluindo pouco nas principais regiões pecuárias. Os frigoríficos estão cautelosos e o baixo volume de bovinos disponíveis para o abate restringe as ofertas de pecuaristas. Nesse cenário, as cotações parecem ter atingido um ambiente de comodidade, com pequenos ajustes positivos e negativos em algumas regiões, refletindo o fluxo ainda lento de comercialização. No geral, o mercado está em busca de equilíbrio nas referências do boi gordo, após as incessantes altas nas últimas semanas. A projeção é de aumento do consumo de carne no mercado doméstico em função da proximidade das festividades de final de ano. Porém, ainda há incertezas quanto aos limites desses ajustes, com isso, o mercado está atento com a entrada da primeira parcela do 13º salário e do salário, o que pode esboçar as estratégias de compra a serem adotadas nos próximos dias.

O fluxo de comercialização do mercado interno ainda não é forte o suficiente para firmar os preços da carne bovina e garantir um repasse mais justo dos custos operacionais para os consumidores finais. O mesmo não pode ser dito, contudo, sobre o mercado internacional, que continua sustentando uma demanda aquecida por carne bovina in natura, apesar de rumores de que a China já está ajustando o fluxo de novos negócios antes do período do Ano Novo Chinês. A reação da demanda doméstica acontece em um momento em que as vendas aos chineses dão sinais de arrefecimento depois dos surpreendentes números observados desde o final de 2019. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 271,00 e R$ 275,00 por arroba à vista e a R$ 280,00 por arroba a prazo. Em Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Sul muitas indústrias têm as escalas de abate ainda apertadas, apesar da ausência no mercado.

Depois das quedas acumuladas, modestos movimentos de alta foram suficientes para maior aderência de alguns pecuaristas, que já estão liquidando seus últimos lotes de confinamento. No Maranhão, o boi gordo está cotado a R$ 275,00 por arroba à vista, uma vez que compradores locais buscam concluir suas programações de abate para a próxima semana. Em Rondônia, a cotação é de R$ 246,00 por arroba à vista. No Paraná, o boi gordo está cotado a R$ 271,00 por arroba à vista. Na Bahia, a cotação está entre R$ 267,00 e R$ 273,00 por arroba à vista. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 262,50 por arroba a prazo. No Pará, a cotação é de R$ 263,67 por arroba à vista e R$ 267,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi está cotado a R$ 20,60 por Kg e o dianteiro, a R$ 15,60 por Kg.