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01/Dez/2020

Boi: hostilizar importadores pode trazer problemas

China e Hong Kong, juntos, compram 64% da carne bovina brasileira exportada. Diante da importância desse mercado para o Brasil, é perigoso hostilizar os maiores compradores de produtos do País. Na atual pandemia de novo coronavírus, todos os clientes do Brasil reduziram suas compras, com exceção da China/Hong Kong, além de outros países da Ásia, como Tailândia. Se hostilizarmos a China, ela parte para comprar carne de concorrentes australianos, argentinos, uruguaios e outros. Na terça-feira passada (24/11), o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, criticou postagens em rede social de Eduardo Bolsonaro, que também é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O deputado havia citado, no dia anterior (23/11), que o governo brasileiro declarou apoio a uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China".

A postagem foi apagada depois. Wanming rebateu dizendo que as acusações do parlamentar são "infundadas" e "solapam" a relação entre os dois países. Há 29 frigoríficos de bovinos parados, numa lista, aguardando a aprovação do governo chinês. Se a amizade e cooperação fosse maior, isso já poderia ter sido habilitado e seria uma oportunidade para todos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que é absurdo o País desdenhar a China. Hostilizar a China é perigoso, segundo a entidade. A Europa, por exemplo, adquire apenas 8% da carne exportada pelo Brasil. É um mercado que, mesmo menor, tem de estar aberto, e não podemos brigar com importadores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.