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30/Nov/2020

Boi: preços recuam e mercado físico está esvaziado

O ritmo dos negócios no mercado físico de boi gordo é lento, como de costume no período de fim de mês, quando consumidores têm menor poder aquisitivo e aguardam os pagamentos de salários, que, em dezembro, abrangem o décimo terceiro salário. A perspectiva para o próximo mês é de reação no consumo doméstico também em função da chegada das festas de fim de ano. Contudo, a oferta de bovinos prontos para abate continua insuficiente para atender à demanda, o que deve manter os frigoríficos em busca de lotes com preços mais atrativos. Até o momento, as cotações de gado terminado oscilam entre a estabilidade e ajustes negativos. Isso porque a disparada no preço do boi gordo tornou as margens da indústria apertadas, o que fez com que muitas se afastassem do mercado, reduzindo o volume de abates diários ou mesmo decretando férias temporárias.

O esvaziamento do mercado, de fato, pressionou os preços, mas os pecuaristas estão evitando a comercialização dos seus poucos lotes de boiada gorda por causa da menor rentabilidade. O início da temporada de chuvas é outro fator que deve influenciar o mercado em breve, uma vez que permite a transição do gado dos confinamentos para o pasto, na chamada safra de boi. Com mais bovinos disponíveis, portanto, a tendência é de que haja uma nova queda no valor da arroba, ainda que a demanda, especialmente externa, se sustente. Por enquanto, a irregularidade nas compras de bois gordos persiste, o que mantém o cenário de variações negativas nas cotações. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 272,00 por arroba à vista e a R$ 281,00 por arroba a prazo. Na maioria das regiões pecuárias do País, a estabilidade predomina, com algumas quedas pontuais. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado entre R$ 263,00 e R$ 270,00 por arroba à vista; a vaca está cotada a R$ 258,00 por arroba e a novilha, a R$ 262,00 por arroba.

Os preços se enfraquecem de forma tímida, uma vez que a escassez de bovinos limita uma pressão maior. A demanda diminui, mas o mercado não dispõe de maiores ofertas de gado para venda. No Rio Grande do Sul, os lotes remanescentes de bois oriundos dos cochos são negociados a R$ 261,00 por arroba à vista. Em Goiás, a cotação é de R$ 268,50 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo é negociado a R$ 277,50 por arroba a prazo e em Rondônia, a R$ 253,33 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços registram recuo. A carcaça casada bovina está cotada a R$ 17,50 por Kg. Neste ambiente, a tendência é de instabilidade nas indicações no curtíssimo prazo. As vendas de carne bovina continuam irregulares, com volume comercializado abaixo das expectativas. A queda nos preços das carnes concorrentes sob o efeito de uma segunda quinzena de mês continua prejudicando um avanço mais consistente do consumo.