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30/Nov/2020

Frango: UE está em alerta com Influenza Aviária

Uma forma altamente contagiosa e mortal de gripe aviária está se espalhando rapidamente pela Europa e coloca a indústria avícola em alerta. A doença já foi diagnosticada na França, Holanda, Alemanha, Grã-Bretanha, Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Suécia e, pela primeira vez nesta semana, na Croácia, Eslovênia e Polônia, após atingir gravemente a Rússia, Cazaquistão e Israel. A grande maioria dos casos ocorre em aves silvestres migratórias, mas surtos estão sendo relatados em granjas comerciais, levando à morte ou ao abate sanitário, até agora, pelo menos 1,6 milhão de galinhas e patos na região. Na Holanda, o maior exportador europeu de carne de frango e ovos, quase 500.000 galinhas morreram ou foram abatidas devido ao vírus neste outono, e mais de 900.000 galinhas morreram em uma única fazenda na Polônia na semana passada.

Segundo o Instituto Friedrich-Loeffler, agência federal de pesquisa de doenças animais da Alemanha, o risco de contaminação em granjas avícolas comerciais e do surgimento de mais casos entre aves selvagens é maior do que nos últimos dois anos por causa do aparecimento maciço de vários vírus da gripe aviária na Europa. O número de aves mortas na Rússia atingiu 1,8 milhão no final de outubro, com quase 1,6 milhão disso em uma fazenda perto do Cazaquistão, mostraram dados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A principal cepa encontrada este ano na Europa é a H5N8, que dizimou planteis em 2016/2017, quando a região registrou seu maior surto em aves domésticas e selvagens. Mas, também houve relatos de H5N5 e H5N1. Embora o risco para os humanos seja baixo, a Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) informou que a evolução do vírus precisava ser monitorada de perto. Uma cepa do H5N1 é conhecida por infectar também os humanos. Participantes da indústria avícola da União Europeia estão muito preocupados com este surto, mas agora têm experiência em lidar com eles.

A busca é por melhorar a segurança, treinar criadores e melhorar a rastreabilidade. A maioria dos condados elevou seu estado de alerta para “alto”, isto significando que aves domésticas e pássaros de todos os tipos sejam mantidos confinados ou protegidos para evitar o contato com pássaros selvagens. Os surtos de gripe aviária, como outras doenças animais, frequentemente levam os países importadores a impor restrições comerciais. Isso aumentará os embargos relacionados ao coronavírus e ameaça restringir as vendas de fim de ano. Segundo o LDC, maior grupo avícola da França, se já é difícil exportar com a Covid-19, agora pode ficar ainda pior. No entanto, a abordagem dos países importadores de limitar as restrições às regiões afetadas pelo vírus deve ajudar a amenizar o impacto. A China, por exemplo, suspendeu as importações de produtos de aves de quatro regiões da Rússia devido à gripe aviária. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.