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24/Nov/2020

Boi: produção de qualidade e ILPF são destaques

A carne de qualidade depende de manejo sanitário e nutricional e genética. Outra ferramenta fundamental é a rastreabilidade, cada vez mais valorizada pelos consumidores e decisiva para a conquista de mercados. A plataforma Agri Trace, sistema de protocolos de certificação de raças bovinas desenvolvido pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA) para agregar valor à produção dos pecuaristas, é exemplo dessa tendência. Hoje, a ferramenta reúne 11 programas de qualidade de carne e dois protocolos de garantia da identificação de bovinos. Há um mercado fantástico para expansão de carnes gourmet dentro e fora do Brasil. o País produz apenas 15 mil toneladas por ano e ainda importa 79 mil toneladas de países como a Argentina e o Uruguai. É preciso demonstrar para o consumidor que os produtos nacionais, por meio desses protocolos, têm qualidade até mesmo superior que os importados.

Apesar de ter o maior rebanho comercial do mundo e ser um grande exportador de carne “commodity” de excelente qualidade, o Brasil deve investir na produção de cortes com maior marmoreio e maciez. É uma carne diferenciada e com um consumo que chegou a aumentar 32% em alguns períodos. Cerca de 80% do rebanho brasileiro é nelore e, mesmo não sendo uma raça de referência nessas características, é possível conseguir bois de excelente qualidade, como já está acontecendo com muitos produtores. Ressalta-se a importância do melhoramento genético e da padronização dos bovinos com foco no tipo de carne que se deseja produzir. Também é importante a influência que a alimentação tem na quantidade e na qualidade da carne produzida. Uma das alternativas mais completas é a silagem de milho.

O uso da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) como tecnologia sustentável é uma das práticas preconizadas pelo Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) e traz benefícios ambientais e sociais como a intensificação da produção na mesma área e o incremento da renda do produtor. Atualmente, a ILPF está presente em mais de cinco milhões de hectares no Brasil, mas a transferência de tecnologia continua sendo o maior entrave para a sua expansão. O produtor precisa saber como ele vai implementar da maneira correta e isso deve ser feito de forma profissional. O projeto ABC Cerrado trouxe uma informação importante: onde houve capacitação e assistência técnica, a implementação foi 11 vezes maior. É necessária uma adequação do sistema integrado para as características de cada propriedade. Os custos para a implementação da ILPF são mais altos na comparação com as técnicas convencionais e exige planejamento, conhecimento e maquinário apropriado.

Outras vantagens da prática são melhoria da sanidade do solo e sua conservação, redução de pragas e doenças e aumento da matéria orgânica e da produtividade. O Projeto Forrageiras para o Semiárido foi destaque em uma reportagem sobre o andamento das ações na unidade de referência instalada em Itapetinga. A iniciativa, desenvolvida pelo Sistema CNA/Senar e pela Embrapa, avalia o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido para a recomendação de novas fontes de alimento para o rebanho. O quadro AgroUp destacou o MIP 4.0, ferramenta em desenvolvimento para o manejo inteligente de pastagens de forma remota, e o Olho do Dono, um software para a pesagem de bois com câmera 3D digital no pasto, sem estresse dos animais. Fonte: CNA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.