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19/Nov/2020

Suíno: cotação em alta mantém poder de compra

Mesmo com a forte alta nos preços dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, a elevação das cotações do suíno, que operam a patamares recordes, vem sustentando o poder de compra de produtores em novembro frente ao verificado no mês anterior. Assim, as quantidades de milho e farelo possíveis de se adquirir neste mês com a venda de 1 Kg de suíno se mantêm estáveis frente ao observado em outubro, mas estão abaixo do registrado em novembro de 2019. Considerando-se o milho comercializado no mercado de lotes da região de Campinas (SP) e o suíno negociado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), é possível ao suinocultor adquirir 7,3 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno vivo na média parcial de novembro. A quantidade é apenas 0,2% menor que o patamar de outubro, mas 3% abaixo da média de novembro/2019.

Frente ao farelo de soja comercializado na região de Campinas (SP), é possível ao produtor a compra de 3,65 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno na parcial de novembro, sem alteração frente ao mês anterior, mas 14,6% abaixo da média de novembro/2019. Em Santa Catarina, na região de Chapecó é possível a compra de 7,22 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno, leve alta de 0,1% frente ao mês anterior, mas 4,7% abaixo da quantidade observada em novembro/2019. Frente ao farelo de soja, a quantidade média de novembro tem aumento de 6% frente a outubro, uma vez que o preço do suíno na região teve alta muito mais intensa que o do derivado da oleaginosa, sendo possível ao suinocultor a compra de 3,8 Kg de farelo com a venda de 1 Kg de suíno. Apesar disso, esse volume ainda ficou 4,7% abaixo do registrado em novembro/2019.

No mercado independente de suíno, a forte demanda de grandes agroindústrias por novos lotes de suínos e a oferta reduzida de suínos em peso ideal de abate elevam consecutivamente as cotações. No entanto, a demanda doméstica está enfraquecida nesta segunda quinzena e os altos preços no atacado encontram resistência no mercado, impedindo novas altas e levando até a quedas pontuais em algumas regiões. Na média parcial de novembro, na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo é negociado a R$ 9,75 por Kg, avanço de 11,1% frente a outubro e recorde real de preços para essa região. Em Santa Catarina, na região oeste, a elevação mensal é de 16,3%, com o suíno cotado a R$ 10,11 por Kg, também maior patamar real da série histórica. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.