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18/Nov/2020

Boi: preços perdem força com frigoríficos retraídos

O mercado físico do boi gordo segue esvaziado, com as indústrias frigoríficas agindo com cautela e ainda avaliando as vendas de carne do fim de semana. A ausência da ponta vendedora já é comum, dada a oferta escassa de gado terminado, mas agora os frigoríficos também recuam nas negociações, preocupados com o repasse de custos ao preço final da carne, o que pode afetar o escoamento do produto no mercado doméstico. Ao longo desta semana, o descompasso entre oferta e demanda deve continuar influenciando as movimentações, com a parte compradora buscando matéria-prima para preencher as escalas de abate, enquanto os pecuaristas não devem aceitar valores abaixo das máximas vigentes.

A notícia de que a China teria encontrado vestígios de coronavírus em amostras de embalagens de carne bovina importada do Brasil, mais especificamente da planta de Várzea Grande (MT) da Marfrig. Quanto a isso, analistas acreditam que a indústria está mais cautelosa, aguardando para entender se há a possibilidade de eventuais retaliações dos chineses aos frigoríficos brasileiros. De maneira geral, os preços do boi gordo permanecem firmes e a estabilidade nas cotações predomina, com poucas regiões registrando variação positiva e um número ainda menor com ajustes negativos. Em Mato Grosso do Sul e Goiás, há registro de negócios a preços mais baixos, com indústrias reduzindo a capacidade de abate diário para se adequar a oferta limitada. Na Região Norte do País, os Estados de Rondônia e Pará registram alta, com o baixo volume de bovinos disponíveis como suporte. Em São Paulo, a cotação se mantém em R$ 290,00 por arroba à vista e a R$ 296,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso, o boi gordo se mantém estável, a R$ 276,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado entre R$ 272,00 e R$ 278,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços continuam estáveis, com a possibilidade de irregularidade nos abates diários de gado nos próximos dias. As vendas de carne bovina se mostram regulares, visto houve relatos de inconsistência no fluxo entre algumas regiões do País, sobretudo diante das sucessivas altas vistas na semana anterior. Com a chegada da segunda quinzena, o consumo tende a perder força. O traseiro do boi gordo continua cotado a R$ 21,60 por Kg e o dianteiro está cotado a R$ 16,10 por Kg. A ponta agulha permanece cotada a R$ 15,10 por Kg.