16/Nov/2020

O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina informou na sexta-feira (13/11) que recebeu da China a informação sobre uma suposta detecção de vestígios de Covid-19 na embalagem de um carregamento de carne bovina do país. A suposta infecção foi constatada apenas na embalagem externa da carne e não afetou o produto, que se encontra em perfeito estado e atendendo a todas as normas sanitárias exigidas. O governo argentino solicitou que as informações sobre a descoberta fossem ampliadas, pois a suposta contaminação não teria sido verificada pela Alfândega Chinesa na entrada da mercadoria, mas em um frigorífico para onde havia sido transferido o produto antes da distribuição final.

A Argentina também destacou em comunicado que trata-se de um caso isolado, sendo a primeira vez que ocorre em produtos argentinos desde o início da pandemia. Outros países fornecedores de carne para a China já tiveram problemas semelhantes em mercadorias enviadas para a potência asiática. A remessa argentina havia entrado pelo Porto de Xangai, no dia 9 de novembro, e uma parte dela foi transferida e depositada em um refrigerador na cidade de Nanjing, capital de Jiangsu. Em 10 de novembro, antes da distribuição ao mercado, as autoridades realizaram testes no referido produto.

A Senasa está investigando o caso isolado para enviar um relatório à China o mais rápido possível e garantir que a Argentina continua cumprindo seus protocolos sanitários acordados e obedecendo todas as normas e diretrizes nacionais e internacionais das organizações mundiais de saúde (OMS) e para Agricultura e Alimentos (FAO). A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) informou que suspendeu, a partir do dia 14 de novembro, as importações de carne bovina de um frigorífico da Argentina por um período de quatro semanas. As importações serão retomadas automaticamente após o período. A China vem realizando uma série de suspensões de importação de produtos estrangeiros nos últimos meses, alegando necessidade de um controle mais rígido para conter a entrada do vírus da Covid-19 no país. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.