09/Nov/2020

A rastreabilidade bovina, seja no Brasil, na Austrália ou na Nova Zelândia, é construída visando garantir a sanidade animal e a segurança alimentar do consumidor. A rastreabilidade tem uma função técnica muito clara que é garantir segurança alimentar e mostrar ao consumidor que existe controle de onde vem esse alimento. Na Austrália e na Nova Zelândia, o produtor rural é obrigado por lei a se registrar e fornecer os dados sobre o rebanho. Essas informações são protegidas pelo governo e só podem ser usadas para aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade. Para um país exportador como a Nova Zelândia, os benefícios de se ter um sistema como esse é manter uma conexão entre quem produziu, onde produziu, e garantir isso para o consumidor final.

O sistema fornece as informações que visam gerenciar essa cadeia de produção, de forma que se seja possível, principalmente, manutenção do status sanitário e de biossegurança. Na Austrália, o Sistema Nacional de Identificação da Pecuária (NLIS) começou em 1960 e foi modernizado na década de 90, ampliando o registro de modo voluntário para produtores de ovelhas, carneiros e suínos. A carne é uma das commodities mais importantes para a Austrália. O país exporta para mais de 100 países e para manter a reputação, há um grande sistema de rastreabilidade que também garante a confiança dos consumidores.

A governança do sistema no país é composta por comitês que seguem padrões e normas, onde cada estado-território tem seu próprio conselho que regulamenta os prazos e registros dos movimentos dos animais, desde o nascimento até o abate. A implantação do sistema beneficiou produtores e consumidores e a eficiência dos movimentos da pecuária australiana foi reconhecida internacionalmente. No Brasil, o Sistema CNA possui uma plataforma Agri Trace Animal, para auxiliar pecuaristas a agregar valor à produção por meio de certificação e rastreabilidade de seus produtos. É interessante observar o sistema de outros países e avaliar os benefícios e os gargalos para se ter uma percepção macro do sistema nacional e, assim, direcionar melhorias que vão agregar ao produtor rural brasileiro. Fonte: CNA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.