ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

05/Nov/2020

Carnes: China planeja ampliar seus fornecedores

A China pode estar em busca de novos países para diversificar as origens de seu abastecimento interno. As medidas acontecem silenciosamente, como forma estratégica de o gigante asiático não depender de poucos fornecedores. Porém, o programa deve demorar. A questão que se coloca é como os países que atualmente precisam da China para comprar seus excedentes (excedentes estes desenvolvidos justamente para o destino ao país asiático) vão atuar quando suas margens em volumes e faturamento começarem a ser corroídas pelos novos fornecedores. O Brasil é um dos maiores fornecedores da China, principalmente no mercado de carnes.

A avicultura brasileira é bem diversificada em termos de exportação, no entanto, o mesmo não se pode dizer do setor suinícola nacional. China e Hong Kong abocanham mensalmente mais da metade dos embarques brasileiros de carne suína. Nesse sentido, a notícia de que a China fez um acordo bilionário com o Vietnã para incrementar a produção de suínos no país chama a atenção. A carne é a preferida dos chineses, que veem seus estoques limitados devido à peste suína africana (PSA), que dizimou seu plantel e gerou a corrida para outras proteínas, além de ter sido a base da explosão das importações de carne bovina do Brasil, além das carnes de suína e de aves. O atual governo de Alberto Fernández na Argentina acelerou vários acordos, inclusive com parte dos negócios bilaterais já sendo conduzidos em yuan, e promessas de investimentos no país.

A Argentina já era importante fornecedor à China, inclusive em soja, e tende a crescer sob a tutela da China. No mercado doméstico, os chineses também têm programas para fazer crescer a produção de açúcar, soja e proteína animal, especialmente em suínos. O Rabobank estima que em 2025, salvo novo revés com a PSA, o rebanho chinês volte aos níveis do início de 2018, quando a doença se instalou. O crescimento já constante mês a mês em 2020 (31% em 11 meses), sobretudo na ponta estratégica de matrizes, ainda que no cômputo de 2020 ainda ficará 17% menor. Fonte: Money Times. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.