05/Nov/2020
Os preços da carne bovina brasileira para exportação continuam caindo em dólares na comparação anual, enquanto o faturamento e os volumes embarcados de carne suína seguem em alta. O cenário para a indústria de carnes permanece semelhante ao verificado em setembro. Para a carne bovina, foi observada uma deterioração do spread de exportação, isto é, a relação entre os preços dos embarques e os preços do boi gordo, passando para abaixo do nível do ano passado desde setembro.
Isso confirma que o aumento nos custos do gado não está pressionando apenas os players locais, mas também os exportadores. A indústria está tendo que recorrer à redução do abate para conter o preço do boi gordo. No caso da carne de frango, os preços seguem estáveis, na mesma faixa desde julho. A proteína avícola é a menos exportada, com os preços afetados pela rápida depreciação do Real.
O setor está se recuperando de forma gradual, mas esse ritmo pode ser desacelerado pelos efeitos da segunda onda do novo coronavírus nos serviços de alimentação. A carne suína continua tendo o melhor desempenho entre as proteínas animais. Com a suspensão das exportações da Alemanha pela China, após o país europeu ter identificado um surto de peste suína africana (PSA), Brasil e Estados Unidos tendem a continuar sendo fontes viáveis de carne suína no mundo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.