03/Nov/2020

A arroba do boi gordo segue acumulando novas altas no mercado físico das principais regiões pecuárias do Brasil. O fim do mês de outubro foi marcado por fortes altas na arroba, embora a liquidez do mercado continue mais fraca. O que limita o volume de negociações e impulsiona as cotações é a oferta escassa de bovinos prontos para o abate. A demanda externa aquecida também corrobora com o cenário altista, forçando frigoríficos a oferecerem preços mais altos para conseguirem originar matéria-prima e preencher as programações de abate. Com o fim de semana prolongado pelo feriado do Dia de Finados (02/11), a indústria atuou de forma mais ativa no mercado na sexta-feira (30/10).

Do lado da demanda, há uma expectativa de que o início deste mês de novembro traga uma reação do consumo interno, com a entrada dos salários e pagamento da primeira parcela do 13º salário. Desta forma, além de projetar otimismo com as vendas nas próximas semanas, as indústrias frigoríficas também têm a necessidade de recompor seus ajustados estoques. Em relação ao mercado externo, o fluxo vem sendo estimulado não apenas pela China, principal comprador de carne bovina brasileira, mas também por países como Egito, Israel, Rússia e da União Europeia, que costumam aumentar as aquisições do produto neste período de festividades de fim de ano.

Em São Paulo, a cotação do boi gordo alcançou R$ 276,00 por arroba a prazo. O boi gordo continuou se valorizando em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Rondônia e no Rio de Janeiro. Também foram apuradas variações positivas no Pará e Tocantins. Em São Paulo, no atacado, houve novos reajustes. A oferta baixa e os estoques limitados impulsionaram os preços no fim de semana. Nesse sentido, a carcaça casada do boi castrado registrou alta de 3,2% nos últimos sete dias, a R$ 17,85 por Kg. O boi inteiro se valorizou 2,9% no mesmo período, cotado R$ 17,45 por Kg. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.