30/Out/2020

O mercado físico do boi gordo trabalha com oferta bastante apertada de bovinos terminados, o que vem provocando sucessivas altas na arroba. A virada do mês é um ponto de atenção, pois os frigoríficos costumam, neste período, reforçar compras para atender à demanda sazonal do mercado interno, por causa do pagamento de salários. A boiada de confinamento ainda não entrou em grande volume nas regiões pecuárias do País e, com isso, a escassez de bovinos fica mais aguda. A expectativa é de que, a partir de novembro, haja um relativo alívio na oferta com o abate dos bovinos de cocho.

Neste cenário, o boi gordo vem batendo recordes. Destaca-se a baixa liquidez de negócios, mesmo com preços mais altos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 267,00 por arroba à vista e a R$ 271,00 por arroba a prazo. Para o "boi China", as ofertas de compra chegam a R$ 275,00 por arroba à vista. No Rio Grande do Sul, o boi gordo registra valorização de 13% nos últimos 30 dias e é negociado a R$ 8,10 por Kg. Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 250,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a escassez de bovinos já se reflete nos preços.