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26/Out/2020

Armazenagem pode proteger contra alta do milho

Os consumidores internos de milho precisarão de uma estratégia de armazenagem para se precaver contra altas do cereal, com a migração do milho para a soja na safra de verão, a concentração da produção do cereal na 2ª safra e a exportação do grão em ritmo acelerado. O integrado vai ter que ter um sistema de armazenagem, porque vai ser tudo colhido num único momento, com uma logística cada vez mais rápida, que vai escoar para o exterior com uma velocidade muito grande. Quem não alongar as suas posições de compra e montar uma estratégia de armazém, vai sofrer as consequências.

Se a China aumentar as suas compras de milho no mercado internacional, como vem sinalizando este ano que fará, essa necessidade de estocagem pode ser ainda maior. Um país que entra comprando 20 milhões ou 30 milhões de toneladas muda o comércio mundial de milho. No caso brasileiro, 5 milhões a 10 milhões de toneladas fazem total diferença para o abastecimento interno ir para R$ 80,00 por saca de 60 Kg ou ficar em R$ 50,00 por saca de 60 Kg. A China comprou 16 milhões de toneladas de milho e sorgo em um mês nos Estados Unidos.

Pode ser que seja porque a safra é menor, mas também pode ser o primeiro ensaio do que será a demanda de milho chinesa com essa transição. Os prêmios elevados pagos pelo milho brasileiro refletem o fato de que há países que não compram milho dos Estados Unidos por razões geopolíticas, como Irã, grande comprador do Brasil. Pode haver também uma possível precaução de importadores contra os riscos de maior demanda da China, atraso do plantio da 2ª safra de 2021, problemas na Argentina com La Niña e seca na Ucrânia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.