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23/Out/2020

Boi: preço sobe com baixa oferta e demanda forte

A expectativa de menor oferta de gado terminado em confinamento e de demanda externa aquecida também em novembro impulsionam os contratos futuros do boi gordo na B3. Na quarta-feira (21/10), o contrato mais líquido, com vencimento em novembro, subiu R$ 4,35 por arroba, para R$ 289,05 por arroba. Em 30 dias, a valorização é de 14%. Neste ano tudo indica que haverá menos bois confinados e os especuladores estão se antecipando, acreditando que o boi vai subir de preço no próximo mês. Em relação à oferta, o número de bovinos confinados em 2020 cerca de 5% a 8% menor do que o do ano passado, ao redor de 4,4 milhões de cabeças, contra 4,8 milhões de cabeças em 2019. Isso deve manter a alta dos preços e a pressão sobre as escalas de abate dos frigoríficos.

Na melhor das hipóteses, o número pode empatar com 2019. Os elevados custos de produção, com o encarecimento do gado de reposição, pesaram e os pecuaristas confinarem menos neste segundo giro. Vem acontecendo um deslocamento, para novembro, do pico de preços normalmente observado em outubro, em função da entressafra mais longa. Tendo em vista a evolução do mercado nos últimos meses, essa alta já era esperada. Na ponta da demanda, seguem fortes as compras de carne brasileira pelo mercado internacional. Além disso, a perspectiva também é positiva no mercado interno, em virtude da permanência do auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal e pela chegada do fim do ano, quando consumidores recebem parcelas do 13º salário e bonificações.

O mercado tem apurado que esse dinheiro, especialmente o do auxílio emergencial, tem sido direcionado para o consumo de alimentos. Por isso, a tendência é de que a demanda por carne bovina continue em novembro. No mercado físico, a tendência é de preços firmes até o fim do ano e em 2021. Os frigoríficos habilitados para exportação estão com margens de lucro melhores dos que atendem apenas ao mercado interno e que o mix de vendas mudou para 25% voltado para as exportações e 75% para o mercado doméstico. Antes, 20% da produção era direcionada para o mercado internacional, enquanto 80% ficava no País. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.