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22/Out/2020

Boi: relação de troca é desfavorável ao terminador

Os preços médios mensais do boi gordo seguem operando nas máximas reais da série histórica do Cepea (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de setembro/2020). Esse contexto traz certo alívio para os pecuaristas, tendo em vista que esses agentes se deparam com custos de produção bastante elevados, especialmente os relacionados à alimentação e à sanidade. No caso dos produtores que trabalham apenas com a terminação, além do encarecimento da alimentação, o que tem pesado muito sobre os custos tem sido os bovinos de reposição. Isso porque tanto os preços do bezerro quanto os do boi magro também são recordes reais nas respectivas séries do Cepea.

Avaliando-se a relação de troca de arrobas de boi gordo por bovinos de reposição (bezerro entre 8 e 12 meses) no estado de São Paulo, verifica-se redução no poder de compra de produtores. Na parcial deste mês, os pecuaristas de São Paulo precisam de 8,93 arrobas para a compra de um bezerro, contra 8,71 arrobas em outubro de 2019, ou seja, piora de 2,56% no poder de compra. Considerando-se toda a série histórica, a média da relação de troca é de 7,69 arrobas por bezerro, ou seja, a relação atual está 16,12% superior.

O mesmo cenário é observado quando considerado o terminador paulista adquirindo bovinos em Mato Grosso do Sul. Em outubro, foram necessárias 8,78 arrobas paulistas para a compra de um bezerro em Mato Grosso do Sul. No mesmo mês do ano passado, foram necessárias 8,32 arrobas do bovino de São Paulo para fazer a mesma compra em Mato Grosso do Sul. Isso significa que o poder de compra do terminador caiu 5,56% nesse período e está 15,4% abaixo da média histórica da relação de troca, que é de 7,61 arrobas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.