ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

22/Out/2020

Suíno: preço do animal vivo segue registrando altas

Os preços internos do milho e do farelo de soja seguem renovando as máximas nominais e se aproximando dos recordes reais em algumas regiões. Os valores dos suínos também continuam em alta, mas o ritmo é inferior ao observado para os insumos. Esse cenário acabou interrompendo o movimento de avanço no poder de compra de suinocultores, que vinha sendo observado desde maio deste ano. Considerando-se o suíno comercializado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) com o milho na região do Indicador de Campinas (SP), após setembro ter registrado o momento mais favorável ao suinocultor neste ano, o poder de compra caiu 7,2% na parcial de outubro. Assim, neste mês, o produtor consegue comprar 7,44 Kg do cereal com a venda de 1,0 Kg de suíno vivo, contra 8,02 Kg de milho em setembro. Na relação com o farelo de soja negociado no mercado de lotes de Campinas, é possível ao produtor a compra de 3,63 Kg do derivado com a venda de 1,0 Kg de suíno vivo, recuo mensal de 6,3%.

Em setembro, o suinocultor conseguia comprar 3,88 g do derivado de soja. Em Santa Catarina, na região oeste, considerando-se o suíno no mercado independente e os insumos comercializados no mercado de lotes de Chapecó (SC), é possível ao suinocultor a compra de 7,31 Kg de milho ou de 3,61 g de farelo de soja neste mês, com a venda de 1,0 Kg de suíno, quantidades, respectivamente, 5,4% e 7,6% menores que as observadas em setembro. No mercado de milho, a retração de vendedores e a forte demanda nas regiões produtoras mantêm em alta as cotações do cereal. Atualmente, o produto é comercializado a valores recordes nominais na série histórica do Cepea, iniciada em 2004. Na região do Indicador de Campinas, o preço médio subiu 13,6% de setembro para a parcial de outubro, a R$ 67,59 por saca de 60 Kg. Em Santa Catarina, na região de Chapecó, a evolução mensal nos preços é de 11,9%, com o cereal cotado a R$ 68,25 por saca de 60 Kg na parcial de outubro.

Quanto ao farelo de soja, além da demanda intensa pelo derivado, parte da indústria tem dificuldade em encontrar lotes de soja, o que tem limitado a disponibilidade do farelo e, consequentemente, elevado os preços, que também operam nas máximas nominais. Em Campinas, o derivado está cotado a R$ 2.309,33 por tonelada na média parcial de outubro, alta de 12,6% frente ao mês anterior. Em Chapecó, a valorização mensal é de 14,5%, atingindo R$ 2.307,00 por tonelada na parcial de outubro. As cotações do suíno vivo seguem em alta neste mês em todas as regiões. A oferta de suínos para abate ainda é reduzida, ao passo que a demanda da indústria por novos lotes segue aquecida. No Rio Grande do Sul, na região de Erechim, o suíno registra valorização de 7,4% nos últimos sete dias, atingindo R$ 8,47 por Kg. No Paraná, na região norte, o suíno está cotado a R$ 9,02 por Kg, alta de 7% no mesmo comparativo. Com elevações no vivo, novos reajustes também ocorrem nas cotações da carcaça. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína apresenta avanço de 5,8% nos últimos sete dias, atingindo R$ 12,79 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.