08/Out/2020

Depois de terem atingido quase 170 mil toneladas em julho, as exportações brasileiras caíram nos dois meses seguintes. Em setembro, as vendas externas da proteína somaram 142,4 mil toneladas, 12,8% inferiores às de agosto deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Apesar disso, a quantidade embarcada em setembro está 15% acima da registrada no mesmo período de 2019. Para um mês de setembro, o volume deste ano está abaixo (em 5,5%) apenas do verificado em 2018, quando as exportações somaram 150,6 mil toneladas, um recorde para um mês de setembro.

Com o volume embarcado menor, a receita de setembro também registrou queda, de 10,87% frente a agosto/2020, totalizando US$ 583,14 milhões. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a receita de setembro/2020 está 11% superior. Em moeda nacional, por sua vez, o pequeno enfraquecimento de 1,1% do dólar frente ao Real de agosto para setembro reforçou a queda na receita em moeda nacional.

Assim, o montante de setembro, de R$ 3,148 bilhões, caiu 11,84% na comparação com o obtido em agosto. Em relação à de setembro do ano passado, a receita em Reais subiu expressivos 45%. Apesar dos recuos registrados em setembro, no acumulado do ano, os embarques de carne bovina in natura somam 1,25 milhão de toneladas, 24,58% a mais que no mesmo período de 2019 e um recorde para os nove primeiros meses de um ano.

No caso da receita, o montante soma US$ 5,4 bilhões, 30% acima do registrado de janeiro a setembro do ano passado. Em Reais, a receita ultrapassa os R$ 27 bilhões, com expressivo aumento de 71% em relação aos nove primeiros meses de 2019, além de um recorde para esse período. A expectativa é de que, até o final do ano, o dólar elevado e a demanda internacional firmes, especialmente por parte da China, continuem sustentando o bom desempenho das vendas externas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.