08/Out/2020

Segundo o Itaú BBA, as margens do setor de aves nos próximos meses devem seguir pressionadas pela alta dos custos de produção. Entretanto, as vendas de carne de frango estão aquecidas, com a expectativa positiva para a demanda no último trimestre, período no qual os preços costumam se manter firmes. O cenário de preços sustentados também para a carne bovina e suína favorece o segmento de aves, embora a maior disponibilidade da carne de frango no mercado doméstico possa limitar a alta de preços. Em São Paulo, no atacado, o frango congelado teve alta de 13,2% no mês de setembro ante agosto. A variação é maior do que a observada no caso das carcaças bovinas e suínas.

Com a alta nos preços da ave, a relação dianteiro bovino/frango se reduziu 13% desde maio, quando eram necessários 3 Kg da ave para adquirir 1 Kg do dianteiro, para atuais 2,65 Kg. No segundo semestre do ano passado, esta relação era de 2,2 Kg de ave por Kg de dianteiro, ou seja, ainda segue relativamente barata à concorrente bovina. Em relação à comercialização da ave viva, as altas em setembro foram menos expressivas, de 5,5% em média na Região Sul. Os custos de produção, por outro lado, cresceram 7,5%, em consequência da pressão proveniente dos preços do milho e do farelo de soja, que ajudaram a comprimir as margens dos produtores de frango. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.