08/Out/2020

Com forte recuo de agosto para setembro, os embarques de carne suína atingiram no último mês o menor volume exportado desde abril. Apesar disso, as vendas externas ainda estão em ritmo elevado na comparação com anos anteriores. No acumulado dos nove primeiros meses de 2020, a quantidade embarcada já está acima da exportada em todo o ano passado. Considerando-se todos os produtos suinícolas comercializados internacionalmente, o Brasil exportou em setembro 85,4 mil toneladas, queda de 12,6% frente ao mês anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Mesmo com a queda mensal e com a leve desaceleração no ritmo intenso que vinha sendo observado desde maio, o volume embarcado ainda foi 33,3% acima do registrado em setembro/2019. No que diz respeito aos destinos dos embarques, todos os principais parceiros comerciais do setor brasileiro tiveram recuo no volume. China e Hong Kong, que corresponderam por 62,8% das exportações suinícolas em setembro, diminuíram suas compras em 13,6% e 30,2% respectivamente, com a China adquirindo 43,8 mil toneladas e Hong Kong, 9,8 mil toneladas.

Impulsionadas principalmente pela demanda chinesa, que ainda sofre os impactos causados por crises sanitárias na produção nacional (como a peste suína africana-PSA), as exportações das carnes brasileiras estiveram elevadas ao longo de 2020. No caso da proteína suína, o volume destinado à China no acumulado do ano soma 755,6 mil toneladas, quantidade que supera em 2,1% toda a quantidade de 2019 e um recorde. Quanto ao mercado interno, apesar de o setor apontar dificuldades no repasse das altas do suíno vivo aos preços domésticos, o incremento na demanda neste início de outubro favorece as valorizações. em São Paulo, no atacado, a paleta desossada está cotada a R$ 14,91 por Kg, elevação de 1,7% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.