06/Out/2020

Os participantes do mercado físico de boi gordo estão contabilizando as vendas de carne bovina durante o fim de semana para traçar estratégias de compra nos próximos dias. A movimentação no atacado está em maior ritmo. O movimento já era esperado por pecuaristas, em virtude do período de início de mês, quando ocorrem os primeiros pagamentos de salários aos consumidores brasileiros. Os aumentos da liquidez e do consumo no mercado interno se somam à demanda externa aquecida e à oferta ainda limitada de gado pronto para o abate, fornecendo um suporte para os preços da arroba, que seguem em trajetória ascendente.

Para o curto prazo, as cotações tendem a continuar em alta, especialmente porque não parece haver espaço para entrada de lotes em volumes significativos nas próximas semanas. Cabe ao mercado observar se o aumento gradual da oferta de gado de confinamento ajudará a acalmar as frequentes altas, com as exportações firmes dando sustentação ao mercado. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 252,00 por arroba à vista e a R$ 258,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além da oferta limitada de bovinos terminados, a necessidade de aquisição dos frigoríficos exportadores ajuda a impulsionar os preços.

Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 248,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado entre R$ 233,50 e R$ 242,50 por arroba à vista, a depender da região do Estado. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 255,83 por arroba a prazo. Em Rondônia, o boi gordo é negociado a R$ 234,75 por arroba a prazo. A média brasileira é de R$ 245,49 por arroba. Em São Paulo, no atacado, a carcaça do boi casado capão e do inteiro estão cotadas, respectivamente, em R$ 16,30 e R$ 15,95 por arroba.