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06/Out/2020

“Carne vegetal”: setor pode estar supervalorizado

Segundo o banco de investimento Jefferies, o setor de proteína alternativa poderia transformar o sistema alimentar mundial como o conhecemos nos próximos 10 a 15 anos, dada a crescente demanda de consumo de carne em todo o mundo e o aumento da aceitação do consumidor pelos novos produtos, como carne de planta. No entanto, essa indústria recente pode estar enfrentando algumas avaliações excessivamente positivas. A indústria de carne alternativa tem um enorme potencial de crescimento e transformação do consumo de proteína global, já que será muito difícil para as terras do mundo sustentar gado suficiente até 2025, quando as populações humanas chegarão a 10 bilhões e exigirão um aumento de 70% na produção agrícola para se sustentar.

Embora o Jefferie esteja otimista com o enorme potencial de crescimento do mercado, alerta para uma forte alta de valorização nos últimos anos, especialmente em empresas em estágio inicial, o que pode levar a uma bolha de tecnologia de alimentos semelhante à bolha "pontocom" na virada do século. Existem inúmeras áreas de investimento atraentes em proteínas alternativas, mas os investidores devem ser cautelosos e seletivos, dadas as avaliações 'espumosas'. Além da restrição de oferta animal, a crescente aceitação dos produtos de proteína alternativa pelos consumidores, em virtude das preocupações com a saúde e o meio ambiente, também vai acelerar o desenvolvimento do mercado. O progresso tecnológico ajudou a melhorar o sabor e a textura dos produtos.

Esse subsetor na indústria de carne alternativa provavelmente desfruta da maior aceitação pelo consumidor entre todos os tipos alternativos, o que poderia permitir que essas empresas ganhassem uma maior participação de mercado e gerassem receitas mais substanciais no curto prazo. O Jefferies aconselha investidores a se concentrarem nos fabricantes de proteínas vegetais, já que são considerados produtos "limpos", que priorizam o valor nutricional e buscam minimizar o uso de aditivos químicos e conservantes. As empresas que trabalham em áreas inexploradas, como frutos do mar à base de vegetais, também podem ser uma boa aposta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.