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01/Out/2020

Boi: reposição atinge os maiores patamares reais

Os preços médios de setembro do bezerro, do boi magro, do boi gordo e da carne renovaram os recordes reais das respectivas séries do Cepea. Esse cenário mostra que a demanda aquecida, especialmente por parte do mercado externo, e a baixa oferta de bovinos para abate seguem sustentando os elevados patamares de toda a cadeia pecuária. Apesar de o preço médio do boi para abate ser recorde, o contexto atual não favorece quem faz a reposição, tendo em vista que o bezerro e o boi magro seguem igualmente negociados nos maiores patamares reais.

No caso do pecuarista criador, a situação é semelhante, já que, mesmo com o animal desmamado em valor recorde, estes produtores estão tendo elevados desembolsos com a compra de insumos. Além dos produtos importados encarecidos pelo dólar alto, os insumos de alimentação (milho e farelo de soja) estão operando em preços patamares recordes nominais. Ressalta-se, neste caso, que o clima seco reforça a necessidade do uso de complementação (que tem como base o cereal e o derivado de soja), devido à piora nas condições das pastagens.

Em setembro, o Indicador ESALQ/BM&F do bezerro (Mato Grosso do Sul) registrou média de R$ 2.161,84 por cabeça, avanços de 3,35% em relação ao mês anterior e de 41% frente ao de setembro do ano passado e um recorde real (os valores mensais foram deflacionados pelo IGP-DI de agosto/2020). Em São Paulo, o bezerro também registrou recorde mensal em setembro, de R$ 2.229,04 por cabeça, com acréscimo de 4,4% em relação à média de agosto/2020 e aumento de 41,5% em relação à de setembro/2019. O preço médio do boi magro em São Paulo no mês de setembro está em R$ 3.352,85, um recorde real, com avanços mensal de 7,3% e anual de 39,3%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.