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01/Out/2020

Boi: EUA podem comprar mais da América Latina

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), há espaço para que o país compre mais carne bovina da América Latina, mercado que o Brasil pode disputar. Nos Estados Unidos, a crise sanitária gerou inicialmente a elevação do consumo de carne, mas depois veio a queda na oferta, devido à paralisação ou redução da capacidade de abates. Os preços avançaram. Agora, os abates se recuperam e preços estão recuando. Inicialmente, o efeito foi a alta generalizada, chegando ao pico de US$ 460,00 por 45 Kg. Os abates com inspeção federal chegaram a despencar 35% em maio, frente ao mesmo mês de 2019. Após a retomada de unidades, que se ajustaram a exigências e protocolos sanitários, os abates foram rapidamente recompostos, com o decréscimo dos preços ao produtor.

A cotação hoje está abaixo de US$ 250,00 por 45 Kg, patamar do mesmo período do ano passado. A produção deve ficar praticamente estável este ano, com leve alta de 0,5%, e 1,1% em 2021. O país é considerado o maior exportador de carne bovina de alta qualidade, considerando o sistema de produção. Com a pandemia, os produtores norte-americanos reduziram em 8% os embarques, de janeiro a julho. No fechamento de 2020, a previsão é de queda de 4%. Nas importações, o desafio do Brasil é conseguir mais espaço nas compras. A retomada das vendas para os Estados Unidos ocorreu este ano, com primeiros embarques em maio. A previsão é de chegar a 6,5 mil toneladas até o começo de setembro. O Brasil disputa fatia da cota de 65 mil toneladas que ‘outros países’ têm no intercâmbio. Até setembro, foram usadas 25% da cota, diferentemente de Argentina e Uruguai que estão em acordos específicos.

A retomada das vendas para os Estados Unidos se refletiu na balança. De janeiro a agosto, o setor teve alta de quase 40% no volume embarcado para os Estados Unidos, somando 34,5 mil toneladas. Para a subsidiar análises de produtores e exportadores locais, que as importações devem crescer 7% este ano, refletindo a queda de preços internos e ainda menor demanda em setores como hotelaria, muito afetada pela crise sanitária. Para a América do Sul, as possibilidades são promissoras devido à desvalorização das moedas, e o Real está entre as que geram esta vantagem, e busca de suprimento de carne como alternativa a restrições em regiões como a Austrália. Fonte: Jornal do Comércio. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.