30/Set/2020

O mercado físico registra uma maior movimentação, com preços ainda firmes e potencial de alta. O boi gordo pode atingir até R$ 260,00 por arroba à vista em São Paulo. A virada do mês de setembro para outubro deve trazer uma reação da demanda no mercado doméstico que, somada às compras externas aquecidas, tende a manter a oferta de gado terminado baixa e preços sustentados. Pela primeira vez em quase 15 anos, a oferta se restringe a bovinos terminados no cocho, com a disponibilidade de gado a pasto ou semiconfinado praticamente zerada. O Brasil inteiro passa por período de seca e, além da seca, áreas queimadas.

Nesse sentido, os custos de produção de gado confinado estão cada vez mais altos, com os preços de milho e soja em trajetória ascendente e uma forte valorização do dólar ante o Real. Em São Paulo, há maior procura por lotes grandes de boi gordo, refletindo escalas de abate mais curtas dos frigoríficos. Os compradores têm dificuldades para originar matéria-prima e as programações são preenchidas com gado confinado comprado a termo. No Estado, o boi gordo está cotado a R$ 246,50 por arroba à vista e a R$ 254,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado entre R$ 231,00 e R$ 241,00 por arroba a prazo. Os preços estão avançando em virtude do posicionamento firme de plantas habilitadas para exportação, com compromissos mais urgentes. As expectativas de curto e médio prazo ainda apontam para um cenário de manutenção dos patamares elevados. Em Goiás, a cotação é de R$ 236,50 por arroba à vista. Em Alagoas, os preços estão em alta devido à baixa oferta de gado terminado. A cotação é de R$ 261,00 por arroba. Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 234,50 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a oferta é restrita e há retração na demanda. O menor consumo interno está preocupando o mercado. A carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 16,20 por Kg.