29/Set/2020

Estudo do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) da Embrapa apontou que o preço pago ao Brasil pela carne bovina exportada é de 27% a 41% menor do que seus concorrentes. A pesquisa analisou os 20 maiores países exportadores em volume. O Brasil recebe, em média, US$ 4,17 por Kg do produto. É preciso entender o porquê de a carne bovina brasileira ser comercializada a um preço mais baixo do que a de seus principais concorrentes, bem como promover ações para que seu valor seja aumentado.

Dezesseis dos vinte países analisados são melhor remunerados: Estados Unidos (US$ 7,17 por Kg), Holanda (US$ 6,06 por Kg), Reino Unido (US$ 5,96 por Kg), Austrália (US$ 5,76 por Kg), Canadá (US$ 5,65 por Kg), Irlanda (US$ 5,55 por Kg), Argentina (US$ 5,47 por Kg), México (US$ 5,46 por Kg), Uruguai (US$ 5,29 por Kg), França (US$ 5,17 por Kg), Nova Zelândia (US$ 5,17 por Kg), Bélgica (US$ 5,11 por Kg), Alemanha (US$ 5,06 por Kg), Áustria (US$ 4,75 por Kg), Itália (US$ 4,74 por Kg) e Espanha (US$ 4,33 por Kg).

O valor só é menor do que o pago, em média, pela carne bovina brasileira na Polônia (US$ 4,12 por Kg), na China (US$ 3,45 por Kg) e na Índia (US$ 2,83 por Kg), que teve o pior preço entre os países analisados. Uma ressalva deve ser feita: o maior preço precisa vir acompanhado de eficiência produtiva, caso contrário, as margens ficam reduzidas pelos altos custos de produção. O ideal é buscar uma posição em que a carne bovina seja percebida como de alto padrão, remunerada de acordo com sua real qualidade, mas sem onerar demasiadamente o produtor e a cadeia produtiva como um todo. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.