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28/Set/2020

Suíno: PSA na Alemanha poderá favorecer o Brasil

O Ministério da Agricultura da Alemanha confirmou, na sexta-feira (25/09), mais dois casos de peste suína africana (PSA) em javalis na cidade de Brandenburgo. As novas descobertas elevam o total de casos confirmados para 34 desde a primeira infecção, registrada em 10 de setembro. Por enquanto, todos os animais infectados são selvagens, e suínos de propriedades rurais ainda não foram afetados. Apenas a região de Brandenburgo registrou casos.

Os casos de peste suína africana (PSA) em javalis na Alemanha podem diminuir a oferta e pressionar os preços da carne no mercado internacional. Com isso, as gigantes de proteínas, BRF e JBS, poderiam se beneficiar do movimento. Estão sendo monitorados potenciais casos de peste suína africana em suínos de criação na Alemanha (o que ainda não foi o caso) e os riscos de propagação da doença no país e em toda a União Europeia.

Se a doença se espalhar, a oferta de carne suína no mercado ficará comprometida. A Alemanha responde por cerca de 5% da produção mundial de carne suína, e a União Europeia, por aproximadamente 25%. A peste suína africana na Alemanha já provocou a suspensão dos embarques da proteína do país a players importantes como a China. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil só não teria ganhos mais significativos de “market share”, ao preencher a lacuna deixada pelos alemães na China, por falta de plantas habilitadas. Há este limitador no momento.

As plantas que vendem para a China, já estão com muita capacidade utilizada para atender a demanda daquele país. Atualmente, 16 unidades frigoríficas são autorizadas para embarcar carne suína brasileira para China. Mas, a consequência para o Brasil é positiva, principalmente em preços, porque com a Alemanha saindo, o fornecimento de carne suína à China cai em quase 15%. A oferta para os chineses vai diminuir neste caso. Fonte: MoneyTimes e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.