23/Set/2020

O Brasil observou uma rápida recuperação nos spreads domésticos (diferença de preço entre custo e valor recebido pelo produtor) de aves e suínos, apesar das cotações expressivamente altas dos grãos. Os spreads médios de frango no terceiro trimestre deste ano devem ser 13,1% menores do que a média verificada em igual período do ano anterior. Contudo, o aumento nos preços das aves registrado nos últimos dias continua apontando para uma tendência favorável.

Em relação ao spread de carne suína, por sua vez, a expansão foi de 33,1% na mesma base comparativa, em virtude da alta dos preços do produto. Chama a atenção a redução do spread de exportação de carne bovina brasileira, que está em linha com a média de cinco anos. O terceiro trimestre apresentou uma queda de 35% nos spreads na comparação com os três meses anteriores, o que sugere que as fortes margens observadas no segundo trimestre não devem se repetir.

Entretanto, houve um aumento de 5,7% no spread médio do terceiro trimestre de 2020 na comparação anual, o que sinaliza um crescimento das margens dos exportadores brasileiros do produto. A queda na rentabilidade dos frigoríficos é explicada principalmente pelo aumento do preço do boi gordo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.